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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Poesia Na parada de onibús







16 horas na parada muita ansiedade
Apreensão, lotada, calor!
Sem sombra para encostar
Moleque branquinho noiado
Forçado tentando repara.

Os carros, pilantras escassos
Não dar uma moeda não quer ajudar
Não paga pelo espaço
Brigando para estacionar
Ônibus passando queimando
Paradas, velinha cansadas, aposentadas
Sem chance de sentar.

Nas calçadas adolescentes, pertinentes, insolentes
Escutando o som do celular
Tecnobrega, rap, reggae, uma porra
De Leyde Gaga.. Não da pra agüentar

Parada lotada já passa de uma hora
Senhora de segunda olhando pro
Maluco vagabundo que ta sem camiseta
No canto, espiando, moleque de bicicleta

Que horas: to atrasado, cansado
Fixado quando o ônibus parar
Entrou lotou, sem um acento pro vovô
Chegando, descendo 03 horas depois
Com fome pensando
No velho feijão com arroz    

poesia: Preto Michel       

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